top of page

Um juramento aos Loas - Parte II

E aqui vamos dar seguimento a história meninas! Espero que vocês continuem tão empolgadas quanto eu, quando escrevi esse micro conto!

 

No dia seguinte Khalisto revelou ao seu pai seus propósitos, o velho troll pareceu receoso, porém ele sabia que seria inútil prende-la ali por mais tempo, ele simplesmente tirou de uma caixinha escondida na tenda um colar adornado com pedras preciosas e presas de raptors e deu a ela:

- Esse foi o presente de união que eu dei pra sua mãe, as presas são de raptors das Ilhas do Eco, e as pedras... - Ele riu - São os dentes de ouro de um anão que eu quebrei na porrada - ele fez uma pausa e colocou o colar na filha e a abraçou:

- De tudo de ocê garota, saiba que esse velho vai manter a fogueira acessa pra quando quiser voltar, eu amo ocê, meu presente de Loa. - uma lágrima escorreu do olho de Khalisto ela apertou o abraço, agradeceu e disse um ultimo "te amo pai" com um fio de voz antes de partir.

Caminhou pela aldeia até encontrar a tenda de sua prima Zuwee, ela estava agitada, mexendo o caldeirão e empurrando com o pé um neném troll que tentava tocar as chamas, era seu irmão mais novo.

- Arrê faz isso não mulekê! Cê quer virar um anão ferro negro?!?! Não né! Tê some!

A trolesa de cabelos longos e verdes fazia tudo o que podia pra cuidar de seu irmão, ela era só e Khalisto não sabia muito bem do passado, quando descobriram que eram parentes Zuwee já era só ela e o irmão:

- Oh prima o cheiro tá dos baum - Khalisto cheirava o ar... - Podia tá melhor se o pestinha não atrapalha-se tanto! - ela resmungou quando o irmão caiu de lado e começou a chorar.

Rapidamente Khalisto virou o grande tigre e começou a distrair o bebê balançando a cauda:

- Cê é a melhor prima - disse Zuwee suspirando aliviada e voltando suas atenções pro caldeirão.

Khalisto não sabia como começar aquela conversa, sabia que Zuwee sentiria sua falta, além de Zuwee somente ela entendia que administração do líder da aldeia era péssima, e que as coisas deviam mudar rapidamente se não seria o fim daquele povo, mais de uma vez ambas planejavam sair de la, mas Zuwee não podia levar seu irmão que era pequeno e nem ela deixar o pai... Entretanto as coisas mudam não é mesmo?

- Zuwee, eu... Eu vou embora... - Uhum, um dia nós vamos parça... - ela levou a colher de pau pra provar a sopa. - Não prima... Eu, eu estou indo embora "agora"...

Zuwee cuspiu toda a sopa, seu irmãozinho gargalhou apontando um dedo pra ela, e voltou suas atenções pra cauda de Khalisto, a trolesa deixou a colher cair no caldeirão e encarou a prima:

- Como é que cê pode... - sua frase não foi terminada, ela não conseguia, seu lábio tremia de raiva, mas ela não queria se exaltar, não na frente do irmão.

Khalisto sabia que isso era importante pra ambas, que Zuwee entenderia como uma alta traição uma vez que as duas se juraram que sairiam dali juntas, então a grande tigresa apoiou o bebe troll no balanço quase adormecido e voltou a forma de troll, olhando para a prima com firmeza, ao mesmo tempo que com doçura:

- Eu não a estou abandonado...

- UMA PINÓIA QUE NÃO TÁ! - ela elevou a voz, o bebê resmungou e ela tentou baixar o tom, ainda espumando de raiva.

- Só porquê cê tem habilidades, só porque cê tem mestre em outro plano, vai me largar nessa merda de vila, uma xamã fracassada que não consegue motivar aquele véio imundo a me ensinar... Cê é... Cê é...

Ela pisava forte no chão, segurando o choro de frustração, foi então que num ímpeto Khalisto a abraçou:

- Não posso continuar o treinamento só no sonho... E com o que eu sei não posso nem ser mestre de ninguém, eu quero conhecê o mundo Zuuh, mas também quero que essa vila cresça e se torne forte como Senjin é... Como teu tio já foi... - ela disse se referindo ao seu próprio pai.

- Eu num vô consegui suporta essa droga sozinha não... - ela murmurava, com os olhos apertando contra o ombro da prima. Khalisto a abraçou forte.

- Cê vai sim, porquê ocê é a trolesa mais dura que essa aldeia já viu, cê é forte e olha... Eu posso achar um mestre pra ti nessa viagem!

- Cê jura Kha? - disse Zuwee limpando as lágrimas e encarando a prima com firmeza, Khalisto sorriu e arrancou uma das presas do colar que seu pai havia dado, cortando a própria mão:

- Eu juro, em nome dos Loas, do meu sangue e dos meus ancestrais, eu volto prima, até lá mantenha-se forte.

Zuwee então pegou a mesma presa da prima e fez uma marca na mão pegando a cortada da prima e dizendo:

- E eu juro, que vou fortalecer a aldeia, te esperar e vamos juntas ser as mais poderosas xamãs e druida que Kalimdor já viu!

As duas se olharam com determinação, os punhos fechados no aperto de mão que consolidava um juramento sagrado pros trolls, um juramento de sangue, e com o horizonte a sua frente, Khalisto deixou a aldeia e rumou pela rota espiritual para iniciar seu treinamento entre os druidas, na Clareira da Lua...

Mal sabia a druidesa que Zuwee não cumpriria seu juramento, ao menos não parte dele...

 

E eu queria acrescentar Eu queria acrescentar, Maria Clara Cavalcante Rico, é uma amiga grandiosa, rimos muito, brincamos muito, quando o assunto é sério ela é bem paciençosa comigo e me ajuda muito. Espero minha amiga que eu lhe ajude tanto quanto você me ajuda e me inspira te adoro demais, esse é meu pequeno presente pra ti espero que goste.

Featured Posts
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Recent Posts
Archive
Search By Tags
Nenhum tag.
Follow Us
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
  • Instagram - White Circle
bottom of page