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O Luar dos Teus Olhos - Cap. 1

E então galera, vejo muitas pessoas colocando contos, trechos de RP e tal, vou colocar o meu conto aqui. E atualizarei quando der.


O conto é sobre Gankhan, anteriormente conhecido como um alto aristocrata de Guilneas e Sereça uma xamã draenei de objetivos nobres.


==============O luar dos teus olhos================


Capítulo 1: O Despertar.


“...Minha carne, sinto-a despedaçar debaixo de garras ferozes, o lobo consome meu físico e minha alma, sinto a razão perder-se no breu da eternidade. Seria essa a sensação da morte? A escuridão total e absoluta? Como foi que minha vida sucumbiu assim tão rápido? Malditos sejam os lobos... Eu amaldiçoo a praga que se abateu a Guilnéas! Que minha alma ainda possa viver neste inferno para amaldiçoar aqueles que me destruíram!”


Súplicas, e pragas mudas eram proferidas pelo worgen que se encontrava em uma caprichada cama de palha, feita com cuidado dentro de uma caverna isolada em Tirisfall, seus membros haviam sido amarrados ao chão, para impedi-lo de se ferir ao acordar, estava com o peito enfaixado, as calças aos farrapos, o ilustre e garboso sobretudo real mais parecia um pedaço de pano puído, não era nem a sombra do que fora algum dia.


Ao lado de fora da caverna, se encontrava uma draeana, usava cotas de malha cobrindo o seu corpo esguio, a cintura um cinturão dourado onde seguramente estavam dois martelos de guerra, a malha avermelhada cobria suas coxas até a metade da canela, os cascos bem cuidados, no peito o tabardo de sua guilda, ombreiras simples, não usava elmo por opção, os chifres curvilíneos como seus ondulados cachos, ela murmurava uma canção para si, enquanto colhia algumas ervas nas proximidades, antes de retornar a caverna. Ao mesmo tempo em que tinha o semblante gentil, transpassava uma áurea de guerra, ou seria apenas a companhia dos elementos que a deixavam ainda mais feroz?



Quando adentrou a caverna percebeu que o worgen esboçava sinais de acordar, seu corpo de pelos escuros e forte se debatia levemente, sua bocarra mantinha os dentes cerrados, bufando, rosnados e ganidos eram expressos, seu corpo se contorcia para que pudesse sair dali o mais depressa possível:


- Me solte sua estranha! Como ousa amarrar um alto aristocrata de Guilneas! Sua...! – Mal sabia o worgen que a draeana não eram capaz de discernir suas palavras, uma vez que as mesmas saiam aos latidos e ganidos.


- Tenha calma nobre lobo, precisas repousar suas feridas são sérias, e mesmo minhas ervas e conhecimento curativo não são tão hábeis. – ela lhe respondera, debruçando-se sobre seu corpo, ela fechou os olhos em chamado, quatro pequenos elementais do ar surgiram e começaram a segurar os membros do worgen para que o mesmo se aquietasse.


A draeana se debruçou mais sobre o corpo do worgen, seus olhos de um azul celeste o contemplavam, havia algo naquele olhar o worgen sentia no fundo do seu ser. “Eu sinto, calor... O que ela... esta fazendo comigo...” ele pensava. A draeana então colocou as duas mãos de cada lado do rosto do worgen e recitou uma prece em seu idioma. O calor que ele sentia era como uma brisa morna, concentrada nas mãos dela, que se espalhou por todo o seu corpo, ele não sabia se eram os poderes curativos dela agindo, ou a força que os elementais do ar exercia, só sentia o torpor se espalhar por seu corpo até adormecer novamente.


Ela suspirou fundo, orou aos Naarus, suas divindades agradecendo a dádiva e saiu de cima do worgen. – Acho que amanhã a consciência humana ou élfica dele volta, mas não será o suficiente, ele precisa fazer o ritual e ser ensinado, a fera esta forte dentro dele.

Naquele exato momento outro worgen mais consciente de seus atos aguardava ao lado de fora da caverna.

- Eu o reconheço pelo cheiro, seu nome é Alfonse Strongarden, um alto aristocrata da nobresa guilneana, então a maldição o alcançou mesmo protegido pelos muros do reino... – ele suspirou – Quando ele acordar o leve até mim, faremos os rituais apropriados, acha que a luz dos Naarus pode conter a fera até lá?


- Os Naarus são agentes da luz lobo, nós draeneis somos seus servos, porém mesmo a luz não tem poder sobre a esfera da vida, a qual foi usada para criar essa maldição ou benção, a quem dos seus que acredite ser uma benção não? – ela lhe dirigiu um olhar inquisidor, o worgen desviou o olhar relutante.


- Não cabe a eu julgar o que seu povo faz Krankor, Pluma viva. O meu também errou em diferentes formas, e julgamentos. Farei o que for possível para que o senhor Strongarden seja levado em segurança para o ritual, a partir de lá ele será sua responsabilidade.

- Que os guilneanos façam o que bem entenderem, a responsabilidade nossa como elfos noturnos é apenas deixa-los mansos... - ele deu as costas e se retirou do local.


- “Deixa-los mansos” – ela repetiu – Aparentemente, mesmo com idade eles não repensam suas atitudes da maneira correta. Então a draeana se deitou ao lado do worgen, adormecendo em seguida.


Passadas as horas de sono, Alfonse desperta, agora totalmente ciente de seus atos, com a cabeça pesada e sentindo as dores do seu ferimento, ao virar observa a draeana usando um pilão esmagando algumas ervas enquanto um pequeno Elemental do fogo controlava a temperatura de uma pequena panela. – Bom trabalho Pyro – o Elemental sorri, era uma chama de fato, porém com a feição felina.


- O... Onde eu estou... Quem é você e... – então o aristocrata olha as próprias mãos, enormes patas de lobo dão lugar a suas mãos velhas – O... NO QUE ME TRANSFORMOU SUA BRUXA!!

A draeana suspirou de forma cansada – Aparentemente tu estiveste fora por muito tempo Senhor Strongarden – ela deslizou o dedo no chão de pedra, dois elementais de pedra pequenos apareceram, um de cada lado do worgen e o forçaram a se encostar:



- O senhor está em meu acampamento provisório em Tirisfall, eu sou uma draeana chamada Sereça, e eu não lhe fiz nada, apenas estou tratando de vosso ferimento, quando o encontrei o senhor já estava na forma de worgen, caído na floresta e inconsciente. – ela pega a pasta que estava no pilão, coloca nas ataduras umidecidas em panos mornos aquecidos pelo pequeno Elemental de fogo. Sereça então se aproxima do worgen: - Isso pode arder, respire fundo... – ela retira as ataduras velhas, uma grande fenda rubra se abre no peito de Alfonse, ele tranca a respiração, atordoado e com dores, obedece com desconfiança os desmando da estranha.


Quando Sereça aplica a solução, ele dá um gasnido canino, e se surpreende com o som que sai de sua boca:

- Se incline um pouco, por favor, preciso atar atrás. – Com dores ele a obedeceu, e rapidamente a draeana concluiu suas ataduras.

A expressão de Alfonse era de desolação, a mão sobre o rosto feral esboçava a mais profunda tristeza...

- Agora me lembro em uma noite de lua cheia minha casa foi invadida por essas feras humanoides, tentei socorrer minha esposa e meus filhos, durante a luta fui ferido. Dias depois a fera me consumiu, lembro-me de meu primogênito me afugentar de casa com uma espingarda, lembro-me do terror dos olhos de minha mulher, “Demônio! Demônio suma daqui!”, ele apertou uma rocha ao lado, esmagando-a com sua força. – O que me tornei...


- A meu ver – dizia a draenei ao sentar-se do seu lado, na cama improvisada de palha – alguém cuja força pode fazer coisas grandiosas... – ela retira a pata que Alfonse dispunha sobre o seu rosto, e limpa a região dos olhos.

- O que você sabe sobre mim estrangeira?! – ele retira a mão dela com ferocidade, sua expressão é de raiva, - Não sabe o que perdi, não sabe da minha dor, eu perdi minha humanidade! Minha família, eu não sou mais o que eu fui... – ele vociferou.


- Exatamente, tu não és mais o que eras... – ela o olha com pesar – e quanto a não saber como se sente quanto às perdas, minha espécie perdeu seu mundo por duas vezes, contra males aos quais o seu povo e toda a Aliança ainda agora enfrentam. Não achas que, isto que te torna-se pode ser ao menos uma arma contra males maiores?

- Já enfrentei orcs em minha juventude, não tenho mais vigor para isso. – ele retrucou em resposta, tentando se acomodar melhor na cama.


- Como worgen, seu vigor não é mais como o de um humano, apesar da idade és forte e voraz, eu acrescentaria mortal e... – ela virou para ele, seus lábios se contraíram num sorriso debochado – e galante. Alfonse ruboreceu, coçou atrás da orelha enquanto Sereça pegava alguns recipientes para fazer uma refeição para duas pessoas.


- Pense sobre isso senhor Strongarden, não podes mais ser o alto aristocrata que um dia fora. Mas pode ajudar a muitos que necessitam com o que ainda tem impedir que outros guilneanos sofram com a transformação. Sinto desde que lhe trouxe a vida em Azeroth é atraída pelo senhor, os predadores sumiram dos arredores só com sua presença, ouso pensar que além de worgen o senhor tenha aptidão para o druidismo...


- Não venha falar de asneiras! – Ele retrucou – o mais perto que estive em terras selvagens, foi para caçar ou enfrentar orcs! Como posso ser um druida?

- Seu planeta, divindades operam de maneira inesperada caro Alfonse... – ela se virou, fitando-o nos olhos penetrantemente – Cabe a você ouvir os sussurros da natureza, ou ignora-los por completo... A escolha é sua...


Continua...

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